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quinta-feira, 13 de março de 2014

Entrevista com o Vice-Prefeito Gilmar Olarte

 Esta entrevista foi concedida a este blog o ano passado. Resolvi republicá-la para relembrar as palavras de nosso atual Prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte em relação a nossa cidade. Gilmar tomará posse hoje às 9:00 na Câmara Municipal. Quero desejar boa sorte e que possa contar conosco para saber dos problemas de Campo Grande. Tenho certeza que o senhor fará um gestão maravilhosa. Sei que não será fácil; mas sempre contando com a proteção de Deus , as dificuldades serão superadas. Força Gilmar Olarte!


Rosalice: Como o senhor vê como vice-prefeito a criação de um blog que fale dos problemas dos bairros de Campo Grande?
  
  






Gilmar Olarte: É de fundamental importância para a gente saber, entender, conhecer as reais necessidades de uma determinada região .Essa divulgação promove a consciência coletiva no que diz respeito à solução dos problemas de nossa comunidade.

Rosalice:  Em meu blog já fiz várias menções sobre o trabalho e a dificuldade de manutenção das associações de moradores, como por exemplo da Vila Progresso, que, quando podem, sevem a população muito bem. O que o senhor acha que falta para que as prefeituras possam ajudar de fato as associações  em sua manutenção e implantação, seria apenas vontade política?

    Gilmar Olarte: Acho que falta uma maior sinergia entre entidades e o poder público, um precisa do outro. As entidades precisam do poder público. E seguindo a legislação, que não permite algum tipo de intervenção junto a essas entidades e associações. Se obedecermos a legislação nós podemos fazer parcerias, o que é permitido por lei .A gestão pública depende da legislação, ela não pode sair um vírgula da lei, tem que trilhar o caminho da legalidade .O gestor cumpre o orçamento que é uma lei votada e aprovada pela câmara municipal. Quando nos propomos a voltar nosso olhar para as associações; incluindo igrejas católicas e evangélicas, centros espiritas e outras entidades correlatas, podemos fazer parcerias entre o poder público e estas entidades para atacar e vencer juntos diversos problemas que podem ser vencidos com essa união.

   Rosalice: Na área da saúde, qual sua visão para o município de Campo Grande?

   Gilmar Olarte: A saúde é um problema nacional, porém, isso não é desculpa para não enfrentarmos de frente este problema. Existem muitas ações que podem ser realizadas nesta área, por exemplo, temos hoje a possibilidade de fazermos ações que construam um grande pacto social pela saúde de Campo Grande.Os problemas sociais não serão resolvidos unilateralmente, só serão resolvidos quando houver a possibilidade de a quatro, oito ou dezesseis mãos, construirmos as soluções, então tudo passa por um pacto social, gestão eficiente, economia, sabe aquela economia que fazemos em casa, para guardar um dinheirinho? É preciso fazer economias, gerir os recursos de uma maneira em que sobre para ampliar os investimentos. Os recursos existem, há uma vontade política declarada pelo governo federal, compete a nós, aqui no município sentarmos com os segmentos da sociedade, que não são poucos, por exemplo, eu citaria aqui os médicos e enfermeiros. Você precisa construir junto com essas pessoas que estão diretamente envolvidas e ligadas na ponta com o problema da saúde afinal são eles que atendem lá na porta, isso posto nós precisamos fazer um grande pacto social pela saúde, chamar todos à responsabilidade de gerir melhor os nossos recursos assim nós teremos resultados melhores. não irá resolver assim, a curto prazo definitivamente, mas da pra melhorar muito a qualidade da nossa saúde pública.

Rosalice: Como resolver o problema da violência em Campo Grande? Qual é a sua opinião?

Gilmar Olarte: Se formos fazer um levantamento, a violência é consequência de uma dívida social que não foi quitada a anos atras e agora está vindo a fatura. Nós só vamos conseguir resolver o problema da violência se encararmos ela como quatro ou cinco pilares de sustentação. Não adianta a polícia ou a guarda municipal sair dando tiros e perseguindo, temos que primeiro, atacar o problema das drogas. Grande parte dos crimes violentos é conscientizado por pessoas que se envolveram no mundo das drogas, a maioria pessoas que foram marginalizadas, exclusas e que não tiveram oportunidades e se perderam nesse meio, precisamos resgatar essas pessoas, trata-las no emocional, físico e espiritual, tudo tem um motivo próprio,a ausência de Deus. Eu como pastor evangélico tenho muito conhecimento sobre isso pois comecei minha vida resgatando jovens, lá em 1986, comecei a recuperar jovens que eram dependentes químicos e hoje centenas deles são pais de família, profissionais liberais, tem seus filhos e que vivem totalmente integrados. Precisamos fazer a quatro, oito mãos, a polícia militar inclusive, tem um programa feito assim, ela vai lá e detecta os jovens que não tem mais esperança, dependentes ao extremo e trás para um projeto de recuperação emocional, intelectual, profissional espiritual e principalmente trabalhar a visão dessa pessoa.É um trabalho árduo que ninguém se propõe a enfrentar, nós vamos ter que enfrentar esta questão de frente e ai a gente começa a resolver o problema da violência .Tem outros aspectos , mais um deles principalmente nos bairros de Campo Grande é aquele assalto aquele crime porque está doidão ou para comprar droga, então a gente precisa ir por este caminho.

Rosalice: Gilmar , transporte publico eficiente e confortável, saúde e educação de 1º mundo quanto tempo você acha que vai levar para existir em alguma cidade do Brasil, e o que precisa ser mudado para se atingir este nível?

  Gilmar Olarte: Nós precisamos resolver uma coisa, a sociologia, quando se estuda, você vê que o ser humano vai galgando coisas, primeiro ele quer sua subsistência, depois ele quer conforto,a seguir uma reserva para o futuro, então quando está bem rico quer notoriedade e assim vai. Acho que nosso país está galgando situações melhores, o que motivou essas manifestações recentes? Acho que foi o conhecimento, não é tanto o que está ruim,pois já foi muito pior, agora está muito melhor, o povo está mais informado. O aumento da cultura na população brasileira, fez com que o povo começasse a cobrar seus direitos, que estão na constituição. Então acho que há uma construção de  uma sociedade melhor e essas questões vão gradativamente evoluindo. Se pegarmos o transporte coletivo de 20 anos atrás, veremos como estivemos pouco avançados. Se compararmos a nossa capital com outras do Brasil veremos como estamos indo bem, mas sabemos que está muito longe de ser primeiro mundo que é o que todos nós sonhamos, todos queremos isso, é um processo gradativo, acho que a cada dia, cada ano, cada mês, cada governo, vai acrescentando, melhorando e ampliando, por exemplo, já existem os espaços físicos delineados para um metrô sobre trilhos em Campo Grande, ajudaria muito. É preciso então, usar os recursos e coragem política para enfrentar essas questões sem medo.

Rosalice: O prefeito Alcides Bernal quando assumiu a prefeitura de Campo Grande trocou o logo e as cores dos prédios públicos de campo Grande,  como fizeram  também seus antecessores. O senhor não acha que deveria ser padronizado para que não aja este tipo de despesa para o município a cada troca de gestor?

 Gilmar Olarte: Eu acho que a população deve participar de forma muito democrática de uma decisão de uma logomarca definitiva da prefeitura de Campo Grande. Fazer um concurso, fazer uma grande mobilização. Nós temos a bandeira do município, temos as cores do município e nós podemos sem dúvida nenhuma padronizar essas cores pra que todos os imóveis ,tudo correlacionado com o poder público municipal seja de um padrão definitivo, pois, fica até mais fácil a reforma, mais barata porque quando você vai pintar algo da mesma cor é mais barato, quando não você gasta mais tinta. Eu acho que a prefeitura é do povo e não de quem passa por ali. Nós passamos pela prefeitura, o gestor está gestor amanhã não está mais, Isso é democracia, isso é lindo! A gente também precisa respeitar a legislação no que se diz a identificação dos órgãos públicos a logomarca da prefeitura. Por isso tudo eu acho interessante a participação popular.

Rosalice: Como o senhor acha que deve ser o relacionamento do poder legislativo com o executivo?

Gilmar Olarte: Muito boa pergunta, eu gosto muito de falar sobre isto porque é como comer arroz e feijão, tomar leitinho! Os poderes diz a constituição federal; eles devem ser independentes porém harmônicos. Quando o poder não é independente ele está fora da constituição. Ou se ele é independente porém não vive em harmonia ele também está descumprindo a constituição. Então, o relacionamento deve ser construtivo, deve ser harmônico é o que preceitua a constituição de nosso País. Nós devemos buscar isso incansavelmente para o bem da população, ela votou no executivo para prefeito e vice e no legislativo, 29 vereadores. O que a população faria se ela quisesse só um poder; não votaria no outro, ela votou nos dois, por isso eles precisam viver em harmonia para o bem de todos sob pena de haver um prejuízo muito grande para o povo de Campo Grande.

Rosalice: Gilmar muito obrigada, muito me honra entrevistá-lo,  o blog é todo seu para suas considerações finais

Gilmar Olarte: Eu quero agradecer essa oportunidade e dizer que este blog é um instrumento para que a gente possa estar em contato com a sociedade Campo Grandense. Quero parabenizar Campo Grande pelos 114 anos que completou, esta cidade é maravilhosa é pujante . Eu desde os dez anos de idade sou apaixonado por Campo Grande mesmo morando em Aquidauana , amo a minha terra Aquidauana, mais amo muito Campo Grande. A gente está na condição de servidor publico, estamos aqui para servir nossa cidade , me sinto preparado, formei em gestão de políticas publicas na UNIDERP e não foi a toa, foi para servir Campo Grande, para servir meu povo. Fiz premeditado eu já era suplente de vereador acreditava que seria vereador fui para a faculdade e entender como funciona a coisa publica e me sinto pronto para somar ajudar naquilo que Campo Grande precisar de mim. Obrigado por este espaço e que Deus abençoe nossa Campo Grande.


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